January 16, 2011
Novos dados sobre irradiação solar foram obtidos com nova calibragem. Meta é saber como flutuações de energia no Sol afetam o clima na Terra.
Cientistas norte-americanos descobriram que a tecnologia de
instrumentos em satélites pode ser determinante para medir com precisão a
energia que o Sol envia à Terra, garantindo que o conhecimento que pode
ajudar na compreensão das mudanças climáticas no planeta. As afirmações
foram feitas na publicação científica "Geophysical Research Letters".
Greg Kopp, do Laboratório de Física Atmosféricas e Espacial (Lasp, na
sigla em inglês), espaço ligado à Universidade de Colorado em Boulder, e
Judith Lean, do Laboratório de Pesquisas Navais dos Estados Unidos,
mediram o nível total da irradiação solar e descobriram valores menores
que os registrados em 32 anos de monitoramento.
Monitor
de Irradiação Total (TIM, na sigla em inglês), antes de ser lançado na
espaçonave Sorce, da Nasa. Instrumentos de medição melhores proporcionam
compreensão melhor sobre como a irradiação solar afeta o clima na
Terra, em especial alusão ao aquecimento global, consenso atual entre
cientistas. (Foto: Nasa)
Segundo os pesquisadores, esse achado levará satélites novos a
trabalharem melhor para resolver a questão sobre se as flutuações
solares afetam ou não o aumento médio na temperatura da Terra.
Durante estudos sobre a estrela, os pesquisadores notaram que o
instrumento utilizado havia recebido recentemente um novo design óptico e
calibragem, o que melhorou a precisão das medições. Esta ferramenta é o
Monitor de Irradiação Total (TIM, na sigla em inglês), atualmente a
bordo da nave Sorce (Solar Radiation and Climate Experiment ou
Experimento sobre Radiação e Clima Solares, em tradução livre), na
agência espacial norte-americana (Nasa).
A calibragem mais apurada do TIM, feita em solo terrestre pela equipe
do Lasp, foi o que gerou medições mais precisas da energia solar
dissipada na comparação com a calibragem anterior, oferecida pelo
Instituto de Padrões e Tecnologia norte-americano (NIST, na sigla em
inglês), agência federal responsável por estabelecer medidas e padrões à
indústria nos Estados Unidos.
Uma das vantagens da pesquisa de Kopp e Lean é o auxílio à comunidade
científica voltada ao estudo do clima para saber quais são as causas
naturais e as humanas para o aquecimento global.
Durante um ciclo solar, período de referência para medir a atividade do
astro e que dura 11 anos, Lean acredita que as variações na estrela
sejam responsáveis por um aumento de 0,1 grau Celsius na temperatura
global. Ela conclui que a influência do Sol não foi determinante como
principal causa do aquecimento na Terra, pelo menos nas últimas três
décadas.
January 16, 2011
Modelo do Registro de Identidade Civil (RIC) (Foto: Reprodução/ITI)
São Paulo - Em entrevista à Rede Brasil Atual, Renato
da Silveira Martini, responsável pela implantação do novo Registro de
Identidade Civil (RIC), afirma que, com a nova identidade, o Brasil
entrará no século 21 da tecnologia cadastral.
O diretor-presidente do Instituto Nacional de Tecnologia da
Informação (ITI) da Casa Civil da Presidência da República lembra que o
RIC, como será chamado o novo registro, incorpora num só documento
diversos registros de segurança.
Além da identificação por um número que será válido em todo o
território nacional, a nova identidade integrará o próprio RG, o CPF e o
título de eleitor, e também será vinculado diretamente às impressões
digitais; tudo será registrado num chip presente no cartão do RIC.
Segundo
informações do ITI, a incorporação de novas tecnologias ampliará a
segurança do cidadão em diversos processos hoje realizados, como
abertura de contas, operações bancárias, solicitação de documentos e
créditos.
Ao longo de 2011 serão produzidos dois milhões de
cartões RIC. As primeiras cidades a participar do projeto-piloto serão
Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), Hidrolândia (GO),
Ilha de Itamaracá (PE), Nísia Floresta (RN) e Rio Sono (TO). A
perspectiva é que a troca de todos os atuais documentos de identidade
pelo cartão RIC seja feita num prazo de 10 anos.
RBA - Quais os fatores positivos com a implantação do Registro de Identidade Civil (RIC)?
Ele tem uma série de efeitos colaterais positivos, mas eu diria que a
questão central é entregar ao brasileiro uma identidade civil
eletrônica em consonância com o século 21, quer dizer, nossa identidade é
uma identidade do século passado, que foi importante e vital no seu
contexto, mas agora o contexto é o Brasil no século 21, ou seja, é
necessário que esse novo documento de identidade sofra transformações e
esteja pronto e apto para a conjuntura
January 16, 2011
Angola e Japão assinaram ontem um acordo de cooperação que visa garantir
os primeiros ensaios do sistema de tecnologia digital no país. O
ministro das Telecomunicações, José Carvalho da Rocha, e o vice-ministro
das Telecomunicações do Japão, Morita Takashi, foram os signatários do
documento. Em declarações à imprensa, José Carvalho da Rocha disse
que o acordo reflecte o resultado de diversas reuniões e normas que
permitem dar seguimento aos trabalhos dos técnicos angolanos e
japoneses. “Procuramos estabelecer uma acta na qual estão espelhadas uma
série de acções que podemos desenvolver de acordo com os interesse dos
dois países”, esclareceu. O ministro informou que os primeiros testes
vão decorrer em Fevereiro ou Março, e vão ser efectuados, numa primeira
fase, em cem localidades da província de Luanda e em algumas regiões
fronteiriças. “Queremos tomar decisões futuras com base em experiências
práticas. Vamos organizar todo um ambiente para que os testes ocorram e
haja bons resultados, para benefício de todos”, sublinhou. O ministro
informou que Angola pretende trocar o sistema analógico utilizado pela
televisão, para o digital, uma vez que, através deste sistema, é
possível desenvolver outros programas de apoio à saúde, educação e aos
mais diversos serviços comunitários. Na sua opinião, o Japão está muito
avançado em termos de tecnologia digital, enquanto Angola pode obter
ganhos com transferência tecnológica. “Esperamos que todos sectores,
fundamentalmente a área da indústria, possam participar neste processo”,
referiu. Além disso, garantiu que esta cooperação vai permitir estender
as comunicações e demais serviços a toda a população. Morita Takashi,
assegurou, por seu turno, que a migração do sistema analógico para o
digital vai acelerar as telecomunicações do país. “Angola tem uma
história de cooperação no sector das telecomunicações e esta é uma valia
para os dois países”, disse. Morita Takashi espera que o acordo
assinado constitua um importante passo para a abertura de novas e
diferentes áreas de cooperação. O vice-ministro japonês reafirmou o
apoio do seu país na aprovação, pela União Internacional das
Telecomunicações, do processo de digitalização em Angola. “Pretendemos
instalar equipamentos codificadores de grande dimensão que se adaptam a
Angola”, disse, acrescentando que o Japão já apoia a América do Sul, no
processo de transmissão digital. O vice-ministro japonês garantiu
que a migração do sistema analógico para o digital vai acelerar as
telecomunicações do país. Antes do primeiro teste, vai ser realizado um
seminário com a participação de técnicos de Angola, Brasil e Japão, para
discutir os efeitos sociais e as necessidades técnicas para o processo
de migração.
January 16, 2011
Embaixador Pedro Ross Leal
Cuba
está disponível para passar para Angola o seu conhecimento e
tecnologia, para que possa fabricar localmente variedades de vacinas,
entre as quais a terapêutica contra o cancro do pulmão avançado no
mundo. Essa disponibilidade foi revelada ontem pelo embaixador cubano
em Angola, Pedro Ross Leal, depois de ter sido recebido em audiência
pelo Vice-Presidente da República, no quadro da preparação da visita que
este efectua de 17 a 21 deste mês a Cuba. A Ilha caribenha anunciou
no princípio desta semana a criação da primeira vacina terapêutica
contra o cancro do pulmão avançado no mundo, com a qual mais de mil
pacientes receberam tratamento. Denominada “CimaVax EGF”, a vacina é o
resultado de mais de 15 anos de pesquisa direccionada para o tumor e não
provoca efeitos adversos severos, conforme garantiu Gisela González,
responsável pelo projecto no Centro de Imunologia Molecular de Havana. Ontem,
em declarações à imprensa, o embaixador cubano garantiu que o seu país
está disponível para oferecer a Angola o seu conhecimento e a sua
tecnologia para que esta e outras vacinas possam ser fabricadas em
Angola. “Como sabem, recentemente foi descoberta em Cuba a vacina
terapêutica para o cancro do pulmão, mas temos outro grupo de vacinas
que são distribuídas às crianças com até cinco anos de idade. São no
total 13 vacinas, das quais nove produzidas em Cuba. Estamos na
disposição de transladar o ‘know how’ para Angola para que este país
possa produzir, também, essas vacinas, com pessoal técnico angolano”,
assegurou o diplomata, quando questionado sobre as áreas que podem ser
exploradas no âmbito da cooperação bilateral. Pedro Leal sublinhou
que, quanto à cooperação bilateral, Luanda e Havana estão a dar
prioridade à promoção das áreas que podem ser de interesse comum,
concretamente a saúde e a investigação científica, área em que pode ser
enquadrada a produção de medicamentos e vacinas. Ao falar do apoio
que Cuba presta a Angola no domínio da Saúde, destacou a abertura do
Centro Oftalmológico de Benguela, que conta com especialistas cubanos.
Pedro Ross Leal revelou que o Centro Oftalmológico de Benguela, tido
como de referência na região, atendeu já cerca de 290 mil pessoas e fez
16 mil cirurgias. O diplomata destacou, também, a cooperação no domínio
da Educação. “Estamos a cooperar nos centros de educação tecnológica
em várias províncias; em centros de formação de médicos, nomeadamente em
Benguela, Cabinda, Huambo, Huíla e Malange”, disse. Assegurou que Cuba
espera desenvolver essa cooperação sempre que Angola manifeste esse
desejo. Pedro Ross Leal revelou que 1.774 cooperantes cubanos se
encontram a trabalhar em 123 municípios de Angola e é desejo destes
chegarem “até onde for necessário”. “Os nossos médicos, mestres e
construtores estão dispostos a estar onde Angola precise deles”,
sublinhou o embaixador.
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